Férias Curtas, Benefícios Longos 1: Consultores ambientais também precisam recarregar as energias
Foto retirada do site https://verticecontadores.com.br/ferias-coletivas-roteiro-de-procedimentos/
Após um período de muito trabalho e pouco tempo para um descanso, eis que elas chegaram: as férias! Férias não, melhor dizendo, pequeno recesso. Apesar de pequeno, não posso dizer que não seja absolutamente necessário! Nos últimos meses a quantidade de trabalho e de projetos tem aumentado muito, o que tem deixado eu e minha equipe muito cansados.
Claro que é um excelente sinal o fato de a quantidade de trabalho aumentar, isso mostra que o setor da consultoria ambiental está aquecido e forte, dando tranquilidade para quem atua no setor se planejar para os próximos anos. Fora que isso significa um aumento nas oportunidades de emprego para quem está chegando ao mercado de trabalho. Porém, para quem já está inserido no mercado, esse aumento na quantidade de serviço precisa ser cuidadosamente observado.
Sou workaholic: Reconhecendo e Enfrentando o Vício em Trabalho
Eu tive grande resistência em admitir isso, mas a verdade é que sou workaholic. Para quem nunca ouviu essa palavra antes, workaholic é alguém “viciado em trabalho” ou “trabalhador compulsivo”. Eu resistia em me classificar assim porque pensava que ser viciado em trabalho era outra coisa, algo diferente do que eu fazia, e, ao me comparar com outras pessoas que eu sabia serem viciados em trabalho, não me identificava com esse grupo de pessoas. Porém, a realidade tem uma curiosa característica: ela não se importa com o que você pensa ou se você não gosta dela, ela é inexorável!
Comecei a perceber meu vício em trabalho quando atuava na consultoria ambiental de forma autônoma: eu trabalhava aos sábados, domingos, feriados, datas comemorativas, das seis e meia até meia noite quando tinha que entregar algum relatório ou tratar dados de campo. Quanto aos campos, eu saí emendando projeto em projeto (às vezes fazia mais de um projeto simultaneamente) e estava constantemente viajando e atuando em campo. Quando eu tinha um raro respiro entre projetos, e passava algum tempo em casa, eu estudava muito todos os dias. Minha agenda era uma loucura e, sem perceber, aos poucos fui deixando minha vida pessoal de lado. O resultado disso? Problemas nas minhas relações pessoais, dificuldades em conseguir colocar limites no meu trabalho, queda na minha produtividade e, por fim, o famoso burnout.
Burnout: evite isso com todas as suas forças!
O Burnout (clique aqui para saber mais) foi, provavelmente, a pior coisa que já me aconteceu. Foi um caos a minha vida pessoal, profissional, emocional e mental. Eu me senti como se tivesse estresse pós-traumático e foi bastante difícil para minha família e para mim. Para piorar, a recuperação do burnout não é rápida e exige paciência e algum tempo.
Após a recuperação dessa síndrome horrível, eu ainda preciso ficar atento ao meu vício em trabalhar. Mesmo que agora eu tenha um horário muito bem definido para o meu emprego, eu chego em casa com desejo de fazer mais: estudar até tarde da noite inglês e coisas técnicas da minha área (sem ter um horário claro e definido para repousar); fazer cursos (sim, além dos estudos acima referidos); analisar e refletir sobre os projetos que tenho feito (no trabalho); começar a trabalhar em projetos pessoais; etc. Em outras palavras, se deixar, eu fico até de madrugada todos os dias fazendo algo para, no dia seguinte, acordar bem cedo e ir para o meu emprego onde trabalharei muito também. Não deixando nenhum espaço para o descanso. Resumindo: sou um viciado em trabalho e isso é péssimo para a saúde.
A Necessidade de Pausas para a Saúde Mental
Pelo menos, hoje já tenho consciência disso e tenho criado mecanismos de “controle” cada vez melhores e eficientes que me permitam lidar com tudo isso sem acabar com a minha saúde. Para dar um pequeno exemplo, cito este recesso (férias) que acabei adiando por muito tempo. A empresa em que trabalho estava no meu pé para eu marcar minhas férias e eu sempre evitando, até que eu vi que isso não era só uma mera “formalidade” mas, sim, uma necessidade e que eu deveria fazer essa pausa.
O que tem sido muito bom. Tenho utilizado esse tempo, prioritariamente, para repouso e recarregar minhas energias, entretanto quero aproveitá-lo para fazer algumas coisas paras as quais eu vinha adiando por falta de tempo (claro, que tudo muito bem regrado e medido). Colocarei nos próximos posts, o que tenho feito nessas férias e aproveitarei o tempo para escrever os posts atrasados (tem alguns projetos que eu já deveria ter escrito e não consegui).
Trabalho Voluntário: Cuidando de Animais de Rua.
Foto do jantar dos gatos hoje. Vê-los felizes não tem preço
Como o objetivo deste blog é mostrar o trabalho que venho desempenhando, trabalho voluntário também se enquadra nisso. Há anos que eu comecei a cuidar de animais de rua que vivem no meu bairro, em especial gatos, pois para os cachorros outras pessoas já tratam por aqui e deixam os felinos de lado.
Com a minha rotina pesada, eu não tenho como executar essa tarefa e, nos últimos anos, minha atuação tem se restringido a comprar as rações e, em algumas vezes, pagar o veterinário, castração, vermífugos e outras coisas necessárias. Quem tem arregaçado as mangas e agido tem sido a minha mãe e a nossa vizinha Francisca. Fizemos uma parceria: eu entro com o dinheiro e elas entram com o serviço.
Foto do Frederico quando foi atropelado. Ele fraturou a perna e precisou de cirurgia e usar a gaiola por meses.
Fazemos o possível para dar bem estar a esses animais e conseguir donos para eles. Infelizmente, nesse e no último ano, vários dos animais que cuidamos morreram e tem sido um ano muito difícil para todos nós. Porém, seguimos firmes no nosso propósito e tenho utilizado esse período para poder fazer o que, geralmente, eu não consigo no dia a dia: dar uma forcinha a mais.
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