Oportunidades perdidas: Reflexões sobre conhecimento e preparo
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Recentemente estive na casa da minha mãe e ela assitia ao lendário programa da TV Brasileira, Show do Milhão no YouTube. No momento em que passava pelo recinto, vi que o apresentador Silvio Santos perguntou à participante qual era o trevo símbolo da sorte. Achei a pergunta muito simples, quase banal, e tinha certeza de que seria respondida com facilidade. Entretanto, apesar de todas as alternativas, a mulher que participou do programa errou a pergunta. Ela ganhou 15 mil reais (naquela época valia bem mais do que hoje). No mesmo instante em que ela perdeu minha mãe disse: "- Que pena! Ela queria 50 mil para comprar uma casa para a mãe dela! Levou apenas 15!".
Esse episódio me fez refletir: Quanto vale um conhecimento, mesmo que não especializado e de senso comum? Constantemente somos bombardeados de informações, conhecimentos “populares”, informações científicas, técnicas, etc. Mas já pensamos no valor de saber ou não saber essas coisas?
No caso em que citei de exemplo, custou uma casa para a participante, a qual ela desejava muito. Ela queria mudar a vida da mãe dela. A informação necessária para isso era ela saber que o trevo de 4 folhas é o símbolo da sorte. Seja por nervosismo ou por não saber, a verdade é que esse conhecimento aparentemente banal teve um custo muito elevado: custou a realização de um sonho!
Saindo um pouco da televisão e vindo para mais próximo de nossa realidade, em nosso dia a dia estamos sujeitos ao mesmo risco. Nunca houve tanta informação disponível e, por isso, somos obrigados a filtrar o que precisamos ou não precisamos; o necessário ou desnecessário. O problema é que a vida não é uma ciência exata e nunca saberemos o que é ou não importante até que “chegue a hora exata”. Para exemplificar isso, veja o que aconteceu comigo.
Há alguns anos, fui convidado a participar de um processo seletivo para uma vaga muito boa numa mineradora aqui em Minas Gerais. Meu currículo atendia bem aos requisitos e eu sentia que a vaga era para mim. Então, me preparei bastante para a entrevista e cheguei bastante confiante. Durante a entrevista tudo transcorria bem e eu estava sentindo que daria certo, até que a coordenadora da área ambiental me fez uma pergunta:
“ - Recentemente tivemos a alteração da Resolução Conjunta SEMAD/IEF n°3.102, de 26 de outubro de 2021 onde para processos de intervenção ambiental passou a ser exigido o PIA em vez do PUP. O que você achou dessa mudança e qual a diferença entre o Plano de Utilização Pretendida (PUP) e o Projeto de Intervenção Ambiental (PIA)?”
Tenho certeza que muitos de vocês - assim como eu lá no vídeo do Show do Milhão - estão pensando: "- Nossa! Que pergunta fácil! A vaga seria minha!". Naquela época, esse não foi o meu caso. Não soube responder e perdi uma vaga que eu queria muito.
Para te contextualizar, eu atuava na execução de atividades em campo e não escrevia os projetos. Coletava os dados em campo e entregava para o meu cliente, que os utilizava para escrever os projetos. Sabia da mudança da Resolução IEF/SEMAD n° 3.102 porque eu queria chegar na parte de projetos e então estudava bastante. Porém, por economia de tempo eu estudei apenas a nova resolução e ignorei por completo a anterior. Pensei: "Eu não trabalhava antes com projetos, se for trabalhar será no futuro, nessa nova resolução. Logo, tenho que dominar a nova e deixar a velha para trás. Se precisar, consulto a resolução antiga e tiro minhas dúvidas". Honestamente, um pensamento justo e que fazia muito sentido. Entretanto, ele me custou uma oportunidade profissional.
Oportunidades perdidas: momento de reflexão, aprendizagem e crescimento pessoal
Fiquei chateado com a oportunidade perdida mas não me dei por vencido. Continuei estudando e trabalhando muito até conseguir uma outra oportunidade. Dessa vez, eu não só consegui o emprego, como desempenho hoje as mesmas funções que desempenharia naquela outra vaga! A vida é assim: uma falha é uma oportunidade para aprender mais e aproveitarmos as novas chances que a vida nos dá.
Para finalizar, lembre-se: nunca saberemos tudo o que devemos ou não aprender e até um conhecimento aparentemente bobo ou trivial pode fazer a diferença na hora certa, seja para realizar um sonho ou conquistar um excelente emprego. Por isso, nunca deixe de expandir seu conhecimento em diversas áreas e não se prenda somente à sua área de atuação.
Agora é a sua vez: Quantas vezes você já passou por algo parecido em sua vida? Quantas oportunidades você já perdeu, seja na vida profissional ou pessoal? Como você lidou com isso? Me Conte nos comentários no meu perfil do Linkedin.